“Psicanálise Marginália” é um projeto coordenado por mim e Rafael Lima, que surgiu de conversas teóricas, políticas e artísticas no cotidiano. Entre encontros despretensiosos, regados a vinho, kariri ou cerveja — dependendo da temperatura ou da neurose do dia—, brincamos com palavras e conceitos até imaginarmos uma forma de transmitir a psicanálise de maneira marginal e divertida.

“Marginália”, do latim marginalia, é o termo que designa as notas e comentários pessoais escritos às margens de um livro. Temos, como eixo principal do projeto, a circulação marginal e inquieta da psicanálise na interlocução com a cultura, cinema, literatura e ciência.

Nesse projeto, convidamos todos que quiserem participar conosco para pensar a Psicanálise a partir de suas bordas, margens e rascunhos, utilizando recursos artísticos como campo privilegiado em que podemos extrair reflexões sobre o cotidiano clínico e os efeitos da linguagem no sujeito e no laço social.

Em 2024, apresentamos dois filmes:

“Midsommar: o mal não espera a noite” (2019)  como suporte para pensarmos o registro imaginário no ensino de Lacan
e seus desdobramentos.

 “Billy Elliot” (2001) para pensarmos a função simbólica e os enganos no campo transferencial, além do fracasso de uma análise pautada no eu e no individualismo moderno, e a saída pelo simbólico em Lacan.